O bispo de Santarém presidiu este domingo à ordenação de dois sacerdotes, no 48.º aniversário da criação da diocese e solenidade da Dedicação da Catedral.
“Muito facilmente identificamos situações em que falta a bondade e se afirma o coração endurecido. E não é por falta de palavras. Todos os dias, milhões de semeadores publicam palavras nas redes sociais e nos imensos meios de comunicação. Porém, num tempo com tanta facilidade de semear palavras, surgem sinais preocupantes de egoísmo, indiferença e violência entre pessoas”, disse D. José Traquina, na homilia da celebração.
A partir do Evangelho do último domingo, a parábola da semente contada pelo evangelista São Mateus, o responsável diocesano explicou que o Evangelho é a semente, “a força de Deus, a Palavra a atuar no mundo a começar no coração, no mais íntimo de cada pessoa”.
Segundo D. José Traquina, o semeador da parábola “semeia com esperança e não contabiliza o prejuízo” das sementes que caíram em terra sem condições, por isso, “é melhor” alegrarem-se pelos frutos das sementes caídas em terreno bom do que “gastar o tempo” a lamentar as sementes que “não deram fruto porque caíram em terreno sem condições de produzir”.
O bispo de Santarém indicou que “Cristo, bom semeador”, quer da sua Igreja, povo de Deus, é que sejam “bom terreno e bons semeadores, embora com responsabilidades diferenciadas”, destacando a ação dos pais, os professores, e salientou “a importância dos professores de Educação Moral e Religiosa Católica na missão de ajudar crescer em verdadeiro caminho de liberdade”, os catequistas, cerca de 1200 na diocese, os diáconos.
“E são especiais semeadores os sacerdotes, presbíteros e bispos por exercerem ministérios da tradição da Igreja com a autoridade dada por Cristo aos apóstolos”, acrescentou, dirigindo-se, depois, aos futuros padres, Dionísio Leite e Magney Silveira, explicando que “é bom reconhecer” que não são “donos da Palavra, mas possuídos por ela e seus servidores”.
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Adaptada de Agência Ecclesia