O Papa presidiu nesta sexta-feira, no Vaticano, à ordenação de 32 sacerdotes de vários países, entre eles Angola e Brasil, e alertou para “modelos de sucesso e de prestígio duvidosos e inconsistentes” que o “mundo propõe”.
“O nosso mundo propõe frequentemente modelos de sucesso e de prestígio duvidosos e inconsistentes. Não vos deixeis fascinar por eles! Em vez disso, olhai para o exemplo solido e os frutos do apostolado, muitas vezes escondido e humilde, daqueles que na sua vida serviram ao Senhor e aos irmãos com fé e dedicação, e continuai a sua memória com a vossa fidelidade”, disse Leão XIV, dirigindo-se aos 32 ordinandos, na homilia da celebração, na Basílica de São Pedro.
Aos futuros sacerdotes, o Papa lembrou que a Igreja, na sua história milenar, teve – e tem ainda hoje – “figuras maravilhosas de santidade sacerdotal”, salientando que a partir das comunidades das origens, “ela gerou e conheceu, entre os seus sacerdotes, mártires, apóstolos incansáveis, missionários e campeões da caridade”, pedindo que se interessem pelas suas historias, estudem as suas vidas e obras, “imitai as suas virtudes”.
Leão XIV destacou também “coisas simples”, que considera importantes, para o futuro destes novos padres e das pessoas que lhes vão ser confiadas no exercício do sacerdócio, como amar a Deus e aos irmãos, por isso, pediu que sejam “generosos, fervorosos na celebração dos Sacramentos, na oração, especialmente na Adoração, e no ministério”.
“Sede próximos do vosso rebanho, doai o vosso tempo e as vossas energias por todos, sem vos poupardes, sem fazer distinções, como nos ensinam o lado trespassado do Crucificado e o exemplo dos santos”, acrescentou.
“Falar do Coração de Cristo neste contexto e falar de todo o mistério da encarnação, morte e ressurreição do Senhor, confiado a nós de modo especial para que o tornemos presente no mundo”, começou por salientar Leão XIV, aos “queridos irmãos sacerdotes”, no início da homilia.
O Papa, a partir das leituras da celebração, convidou a meditarem “juntos” sobre como podem contribuir para a “obra de salvação”, e indicou que o Evangelho de São Lucas, “que fala da alegria de Deus – e de todo o pastor que ama segundo o seu Coração – pelo regresso ao redil de uma só das suas ovelhas”, é um convite a “viver a caridade pastoral com a mesma magnanimidade do Pai”, cultivando o Seu desejo” de que ninguém se perca, mas que “todos cheguem ao conhecimento de Cristo e n’Ele tenham a vida eterna”.
“Com efeito, quanto mais houver unidade entre nos, tanto mais saberemos também conduzir os outros ao redil do Bom Pastor, para viver como irmãos na única casa do Pai”, indicou, na homilia, divulgada também pela sala de imprensa da Santa Sé.
Leão XIV recordou que na Missa solene de início do seu pontificado, no dia 18 de maio, expressou “diante do Povo de Deus um grande desejo” – ‘uma Igreja unida, sinal de unidade e comunhão, que se torne fermento para um mundo reconciliado’.
Adaptado de Agência Ecclesia
Fotografia: Vatican Media