O cardeal brasileiro D. Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, recordou em Fátima na celebração da palavra de 12 de maio, os conflitos armados em várias partes do mundo e pediu orações pelo novo Papa.
“Mãe querida, nos acompanhe; olhe pelos nossos povos, interceda pela nossa gente, interceda também em favor do bispo de Roma, Leão XIV”, referiu, na homilia da celebração vespertina da peregrinação internacional aniversário, perante 270 mil peregrinos.
O responsável católico centrou a reflexão numa passagem da Salve-Rainha: “Esperança nossa, salve!”.
“A esperança para nós tem nome: Jesus! Ele é a nossa paz, Ele sempre está à nossa espera, Ele nos amou por primeiro”, acrescentou.
O presidente da celebração convidou os participantes a fechar os olhos e a repetir a frase da Virgem Maria relatada por São João: “Fazei tudo o que meu Filho vos disser”.
Antes da homilia foi lida a passagem do Evangelho em que Jesus transforma água em vinho, num casamento.
“Precisamos do vinho da concórdia, do entendimento entre os povos. O vinho do perdão, da paz”, observou, a respeito dos 80 anos do fim da II Guerra Mundial e da proliferação de conflitos por todo o mundo.
“Maria é mãe: mãe gera, cuida, consola, acompanha, orienta, esperam corrige, incentiva, reza. Por isso nós aqui a contemplamos e nos deixamos olhar por ela. Deixemo-nos guiar por ela”, apelou ainda.
Já na manhã de 13 de maio, o cardeal D. Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (Brasil), disse em Fátima que a humanidade vive “tempos delicados, tensos”, que se alimentam do “medo”.
“Tempos em que, talvez, alguns só pensam em si. Tempos de autoritarismos, de vários matizes. Tempos de fundamentalismos que não promovem a vida. Tempos em que a casa comum clama por cuidado. Tempos, tempo carente de abertura para o outro e abertura para a solidariedade. Tempo carente de esperança”, referiu o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, na Missa conclusiva da peregrinação internacional do 13 de maio.
“Não tenhas medo! Hoje nós vivemos numa sociedade marcada pelo medo: medo de guerras, medo de migrantes, medo de não conseguir levar a termo a vida assumida, medo de cair doente, medo de morrer, medo uns dos outros”, advertiu.
“E Nossa Senhora continua a te dizer, a me dizer, a nos dizer: não tenhas medo, eu sou a tua Mãe”, acrescentou.
O cardeal Jaime Spengler agradeceu o convite para presidir às celebrações do 13 de maio, desafiando os presentes a “acolher a palavra” de Jesus e “dar-lhe corpo, na própria carne”, como fez Maria.
Durante a Missa desta manhã, os peregrinos dos cinco continentes rezaram pelo Papa, por “uma nova terra, onde reine a paz”, pelos doentes e pelos que celebram o Jubileu dedicado à esperança.
Fotografia e texto adaptado: Agência Ecclesia