Conferência Episcopal Portuguesa explicou aos fiéis «gestos e atitudes durante a Missa»

Os bispos da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aprovaram a Nota Pastoral ‘Liturgia viva da Igreja’, na 211.ª Assembleia Plenária, onde afirmam que “não é uma peça de museu” e explicam “os gestos e atitudes dos fiéis” durante a Missa.

“A Liturgia é vida e para a vida de todo o Povo de Deus. Viver a Liturgia, fonte decisiva da fé da Igreja, e partilhá-la com os irmãos, é o desafio que continua a ser lançado aos pastores e às comunidades cristãs”, lê-se na nota pastoral da CEP.

No novo documento, a CEP explica, no ponto ‘A Missa, sempre antiga e sempre nova’, que a Liturgia realiza “o mistério de Cristo”, mas “assumiu historicamente diferentes configurações” que se concretizaram em vários ritos, e, na diversidade dos ritos e na sucessão dos tempos, “a Missa é sempre a mesma, no seguimento do mandato de Jesus Cristo – «Fazei isto em memória de Mim» (Lc 22,19; 1Cor 11, 25-26) – “sempre antiga e sempre nova”.

CITAÇÃO “A Liturgia compõe-se de uma dupla realidade: uma invisível, imutável e eterna; e outra humana, visível e suscetível de modificação. A Liturgia não é uma peça de museu, mas a oração viva da Igreja, ou melhor, a Liturgia é algo permanente e vivo ao mesmo tempo.”

Em ‘Liturgia viva da Igreja’, a Conferência Episcopal Portuguesa explica que assume, com algumas adaptações, o que se estabelece na Instrução Geral do Missal Romano (cf. IGMR 43 e 390) sobre “os gestos e atitudes dos fiéis durante a celebração eucarística”, e indicam em 11 pontos como os fiéis devem estar na Missa.

– de pé desde o canto de entrada até à oração coleta, incluída;
– sentados durante a primeira e segunda leitura e o salmo responsorial;
– de pé desde a aclamação ao Evangelho até ao final da aclamação após a proclamação do Evangelho;
– sentados durante a homilia e o breve silêncio que se lhe seguir;
– de pé desde o início da profissão de fé até à conclusão da oração universal ou dos fiéis;
– sentados durante a apresentação e preparação dos dons, pondo-se de pé para a incensação da assembleia;
– de pé desde a oração sobre as oblatas até à epiclese sobre os dons (gesto da imposição das mãos);
– de joelhos, se possível, desde o início da epiclese que antecede a narração da instituição (gesto da imposição das mãos) até ao final da ostensão do cálice;
– de pé desde a aclamação Mistério da fé até à comunhão da assembleia, incluída;
– sentados, se for oportuno, após a Comunhão da assembleia, durante o tempo de silêncio;
– de pé desde a oração depois da comunhão até ao fim. Durante a escuta do Evangelho da Paixão do Senhor (Domingo de Ramos e Sexta-feira Santa) pode permanecer-se sentado durante uma parte da leitura. As dificuldades devidas a «razões de saúde, à estreiteza do lugar, ao grande número dos presentes ou outros motivos razoáveis» podem justificar uma derrogação da regra geral para alguns fiéis em particular ou até para o próprio sacerdote.

Na nota pastoral, os bispos realçam que são muitos os modos com que “a assembleia participa na celebração”: ‘o reunir-se, o avançar em procissão, o estar sentados, de pé, de joelhos, o cantar, o estar em silêncio, o aclamar, o olhar, o ouvir’.

A Assembleia Plenária da CEP destaca também a importância da formação litúrgica, e lembra que a renovação conciliar da Liturgia “exigiu um aprofundamento das riquezas das fontes litúrgicas em plena fidelidade à Sagrada Escritura e à Tradição”, sendo “necessário educar para uma Liturgia séria, simples, bela, que seja experiência do mistério, permanecendo, ao mesmo tempo, inteligível, capaz de narrar a perene aliança de Deus com o seu Povo”.

A nova nota pastoral termina com dois números sobre a ‘distribuição da Sagrada Comunhão’ – “na boca ou na mão, como preferirem, depois de devidamente esclarecidos, sem imposições ou constrangimento” – uma liberdade de opção que “só poderá ser limitada, em situações especiais de emergência sanitária ou outras razões graves que o recomendem”.

“Os fiéis, devidamente preparados, comungam habitualmente de pé, aproximando-se processionalmente do altar ou do lugar onde se encontra o ministro. Todavia, não deverá ser recusada a comunhão aos fiéis que a desejem receber de joelhos”, referem na nota ‘Liturgia viva da Igreja’.

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