No passado domingo, dia 4, iniciou-se a semana de oração pelas vocações. Certamente que toda a Igreja, mas também o mundo, viveu na expectativa pela eleição de um novo Papa, a partir do dia 7. Na Catedral de Santarém esta semana começou com celebração da Eucaristia, presidida pelo nosso bispo, na qual eu fui instituído acólito e foram abençoadas as pastas dos finalistas do ISLA. Tudo isto, tal como sublinhado na homilia, me oferece, e nos pode oferecer a todos, reforçados motivos de oração. Estes momentos simbólicos, o conclave, o rito de instituição e a bênção das pastas, são sinais de Deus que se faz próximo e que interpela continuamente a cada um e a Igreja, que todos somos, a continuar a descobrir a Sua Vontade.
Para mim, o momento da Instituição como Acólito era muito aguardado não principalmente por significar um passo visível no itinerário de formação no seminário, ainda que o seja, mas porque servir a Eucaristia, concretamente pela distribuição do Corpo do Senhor se manifesta em mim como uma forma de particular proximidade com Cristo a quem sigo e desejo servir sempre. Ser acólito, tal como nos relembrou D. José Traquina, é servir a Eucaristia, no altar, mas também ser eucaristia (ação de graças) num tempo que tanto o necessita. Em mim perdura o desejo de ser, ainda mais, rosto de boa notícia onde quer que esteja, na seriedade que os tempos exigem, mas na serenidade de que também precisam.
Tudo isto só se poderá fazer, por mim e por todos, se procurarmos o encontro orante com o Deus que nos ama e que quer continuar a escutar-nos para oferecer ao mundo e a cada coração as vocações segundo a Sua Vontade. Assim, nesta semana em que todos tivemos em particular atenção a vocação do novo Santo Padre, que possamos também orar para que continuemos a descoberta da nossa própria vocação, sejamos iluminados no caminho da vocação daqueles que nos rodeiam e que o Senhor continue a oferecer à Igreja mulheres e homens dispostos a edificar o Reino, em todas as formas que este precisa.
Francisco Sá Nogueira