A eleição de um Papa obedece a rituais precisos, marcados por um clima de silêncio e segredo, seguindo as normas da Constituição Apostólica ‘Universi Dominici Gregis’, assinada por João Paulo II em 1996.
O documento foi alterado, nalguns pormenores, por Bento XVI, em 2007 e em fevereiro de 2013, poucos dias antes do fim do pontificado.
O Conclave, palavra com origem no latim ‘cum clavis’ (fechado à chave), pode ser definido como o lugar onde os cardeais se reúnem em clausura para eleição do Papa.
Nesta segunda-feira 28 de abril, o resultado da reunião dos cardeais que se encontram em Roma, foi o agendamento do início do Conclave para o dia 7 de maio.
Neste dia acontecerá a “Missa para a eleição do Pontífice” e no período da tarde, os cardeais entrarão na Capela Sistina onde decorrerá a votação.
No Conclave vão estar quatro portugueses, a maior representação de sempre do país: D. Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa; D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima; D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação; e D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal, todos criados pelo Papa Francisco.
Estas presenças elevam para 14 o número de cardeais portugueses a participar em eleições pontifícias desde 1903.
Segundo as atuais normas da Igreja Católica, entram em Conclave para eleger o Papa apenas os cardeais que não tenham já cumprido 80 anos de idade no primeiro dia da Sé vacante (21 de abril).
108 dos cardeais eleitores (80%) foram escolhidos pelo Papa Francisco, participandoo assim pela primeira vez num Conclave; 22 foram criados por Bento XVI e 5 por São João Paulo II.
Ao longo do seu pontificado, Francisco convocou dez Consistórios, nos quais criou 163 cardeais.
Adaptado de Agência Ecclesia
Fotografia: Vatican Media