A Cáritas Portuguesa apontou a um “decréscimo” no total de donativos recolhidos este ano, num momento em que aumentam, por outro lado, os pedidos de ajuda, face às consequências da crise económica no país.
“Este decréscimo representa para a rede nacional Cáritas um esforço acrescido na resposta às solicitações que aumentam, nomeadamente, para o pagamento de despesas relacionadas com a habitação, água, luz e saúde”, indica o comunicado final do Conselho Geral da organização católica, que decorreu entre sexta-feira 24 de março e domingo 26, na Diocese de Santarém.
O encontrou analisou as atividades da Semana Nacional Cáritas, que decorreu entre 5 e 12 de março, em particular o peditório público, “cujo valor angariado não está ainda totalmente apurado, mas denota uma expectativa de decréscimo face aos anos anteriores”.
Os participantes analisaram a “Bolsa nacional de alojamento urgente e temporário”, lançada pelo Governo, visando “criar uma resposta estruturada e transversal para as pessoas que carecem de soluções de alojamento de emergência”.
Os trabalhos contaram com a presença da Coordenadora da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030.
Na sessão de abertura, D. José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana e bispo de Santarém, destacou as preocupações que a rede Cáritas tem assumido ao longo dos últimos anos, especialmente na resposta à emergência social causada pelas consequentes crises e, também, na resposta às situações internacionais de emergência.
Este momento contou ainda com a entrega do prémio ‘Luísa Andaluz’ à autora Tânia Sofia Vicente, aluna do Instituto Politécnico de Santarém, pela obra ‘Acesso à Educação: a concretização de um direito das Crianças com Multideficiência’.
Adaptado de Agência Ecclesia.