Papa chegou ao Cazaquistão

O Papa disse na manhã de 13 de setembro na sua chegada ao Cazaquistão que a guerra na Ucrânia é um ato de loucura, pedindo um compromisso global pela paz e pelo reforço do multilateralismo, para construir um mundo “mais estável e pacífico”.

“Chego aqui no curso da louca e trágica guerra originada pela invasão da Ucrânia, enquanto outros confrontos e ameaças de conflito colocam em risco os nossos tempos. Venho para amplificar o clamor de tantos que imploram a paz, caminho de desenvolvimento essencial para o nosso mundo globalizado”, referiu Francisco, no primeiro discurso da sua viagem a este país, onde participa no VII Congresso de Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais.

O Cazaquistão traz impresso “uma gloriosa história de cultura, humanidade e sofrimento” e Francisco recordou os campos de detenção e as deportações em massa, ressaltando que “os cazaques não se deixaram cair reféns destes abusos, mas da memória da reclusão floresceu o cuidado pela inclusão”.

Nesta terra, percorrida desde a antiguidade por grandes deslocamentos de povos, a recordação do sofrimento e das provações vividas seja uma bagagem indispensável para se encaminhar para o futuro, colocando em primeiro lugar a dignidade do homem, de cada homem e de cada grupo étnico, social, religioso.

Francisco declarou que é preciso deixar de lado a lógica das “rivalidades” e o “reforço de blocos opostos”, para que os povos se “entendam e dialoguem”.

“Para fazer isto, é preciso compreensão, paciência e diálogo com todos. Repito: com todos”, insistiu.

A reflexão usou a simbologia da “dombra”, instrumento musical, tradicional do Cazaquistão, referindo que ela representa “as notas de duas almas, a asiática e a europeia” deste país.

O Papa evocou a visita de São João Paulo II ao Cazaquistão, em 2001 – a primeira de um pontífice – e falou de uma “gloriosa história de cultura, humanidade e sofrimento” na antiga república soviética, independente desde 1991.

Contacte-nos

Geral

Siga-nos

©2021 Diocese de Santarém — Todos os direitos reservados.