O arcebispo de Braga disse em Fátima que, na mudança de época atual, “com todas as crises”, a Igreja é chamada a “ser cada vez mais testemunha da misericórdia e da ternura”, falando na Missa da peregrinação internacional de setembro.
“Na mudança de época que vivemos com todas as crises económicas, políticas, sociais, ecológicas e eclesiais, faz-nos bem peregrinar para ir em busca do essencial da vida”, afirmou D. José Cordeiro, na homilia da celebração, perante os fiéis que enfrentaram a chuva, no Recinto de Oração.
O responsável católico explicou que a misericórdia implica obras e a fé pede que sejam capazes de “passar das obras de misericórdia à misericórdia das obras”, chamados a perdoar quem os ofendeu e “a alcançar a paz para o coração” para serem felizes.
“Somos chamados a ser testemunhas da misericórdia”, afirmou o presidente da Peregrinação Internacional Aniversária de 13 de setembro, assinalando que a Igreja deve ser “cada vez mais testemunha da misericórdia e da ternura no processo sinodal em que se encontra”.
D. José Cordeiro apresentou Fátima como a “casa materna de misericórdia”, observando que o santuário remete “ao lugar santo como sítio, espaço que com intensidade particular manifesta o sagrado”.
“É lugar do Outro possível onde intervém o Outro Invisível”, realçou, lembrando que o santuário tem o vigor de ser “resposta às contrariedades do quotidiano”, aparece como algo de novidade oferecido a todos, “aberto aos anseios de todos”.
O arcebispo de Braga, presidente da Comissão Episcopal de Liturgia e Espiritualidade, sustentou que, na Cova da Iria, “a Igreja realiza uma pastoral bem cuidada mediante a Liturgia”: “Principalmente a celebração da Eucaristia e da Penitência, a pregação da Palavra de Deus, a piedade popular, a peregrinação, a escuta e o testemunho da caridade”.
adaptado de Agência Ecclesia