Papa recorda sofrimento dos migrantes após viagem ao Chipre e à Grécia

O Papa evocou na oração Mariana do Angelus no Vaticano, o sofrimento dos migrantes que encontrou na sua recente viagem ao Chipre e à Grécia, concluída na segunda-feira.

“Não nos podemos calar, não podemos virar a cara para o outro lado”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus, na solenidade da Imaculada Conceição.

A 35ª viagem internacional do pontificado decorreu de 2 a 6 de dezembro, com passagem por Nicósia, Atenas e o campo de refugiados de Lesbos, onde Francisco regressou, cinco anos depois.

“Por favor, olhemos nos olhos dos descartados com que nos encontramos, deixemo-nos provocar pelos rostos das crianças, filhas de migrantes desesperados, deixemo-nos tocar por dentro pelo seu sofrimento, para reagir à nossa indiferença”, pediu o Papa, no Vaticano.

“Olhemos o seu rosto, para despertarmos do sono do costume”, acrescentou.

Francisco quis agradecer a todos os que o acompanharam na sua “peregrinação”, evocando a “ferida do arame farpado” no Chipre, ilha dividida desde 1974, antes de desejar que possa ser um “laboratório de fraternidade”.

O Papa disse ter-se sentido “em família” nos dois países, de maioria ortodoxa.

“Somos filhos da Igreja de Jesus, que é mãe e nos acompanha, cuida de nós, faz-nos seguir em frente, todos irmãos”, sustentou, agradecendo aos patriarcas Crisóstomo (Chipre) e Jerónimo II (Grécia).

Francisco deixou ainda uma referência particular à sua passagem pela Grécia: “Em Atenas, senti-me imerso na grandeza da história, na memória da Europa: humanismo, democracia, sapiência, fé”.

 

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