Caros Diocesanos
Rodeados de tanta iluminação e motivados a promovermos uns para os outros sinais e mensagens de fraternidade e de paz, importa retomar a origem destas manifestações para darmos sentido ao que promovemos e permitir sempre mais criatividade e avaliação do que fazemos.
Na origem do Natal está um encontro entre pessoas, entre Deus e a humanidade. Não é apenas uma criança que nasce pobre, como tantas outras, é o anunciado Filho de uma jovem, Maria, que nasce com a missão de tornar presente no mundo a possibilidade da pessoa humana se reconciliar com Deus e, assim, acontecer o tempo novo messiânico, marcado pela presença do Espírito Santo, tempo de bem-aventurança, de justiça e de paz.
As condições em que nasceu o Menino no presépio de Belém, sugerem que a sua vinda se associa à humanidade inteira, também àqueles da mais frágil condição social. A sua vinda foi para todos.
Na pureza daquele Menino estava a realização das promessas dos antigos profetas: “Eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um Filho e o seu nome será Emanuel, que quer dizer Deus connosco”. Jesus não nasceu para condenar o mundo, mas para lhe revelar o Amor salvífico de Deus, o Amor que Ele mesmo havia de tornar presente no mundo quando, como Bom Samaritano, cuidou de pessoas doentes, perdoou à mulher pecadora, converteu o injusto Zaqueu, atendeu e curou pessoas estrangeiras, libertou pessoas dominadas pelo poder do mal, exortou multidões de pessoas a descobrir a nova vida, preparou os seus discípulos para os enviar em seu nome e todas noites, ou de manhã cedo, dedicava-se ao ‘encontro’ orante com o Pai. O centro do Natal é este encontro da humanidade com Deus que acontece em Jesus.
Pelo Natal, em virtude das muitas iniciativas e encontros de familiares e amigos, muitas pessoas trabalham mais do que é habitual. Outras estarão mesmo de serviço na Noite e Dia de Natal, outras ainda estarão abatidas por dificuldades, problemas ou isolamento ou falta de saúde. Outras ainda desgostosas por razões particulares. Porém, a mensagem de Natal é para todos: na simplicidade de Jesus Menino, nascido em Belém, Deus tornou-se presente no mundo, realizando as suas promessas e recriando cada pessoa humana como sua imagem e semelhança. Ninguém está fora deste sonho amoroso de Deus.
O Jubileu do Cinquentenário da Diocese e o Jubileu universal do Ano Santo, a acontecer em simultâneo a partir do dia 29 de dezembro, reforçam o Natal como um tempo de encontro e aproximação, a Deus e uns aos outros. Que a todos Deus abençoe e fortaleça na alegria do encontro e da missão, na edificação de uma sociedade mais justa e pacífica.
+ José Traquina