Papa canonizou novos Santos em dia mundial das missões

O Papa presidiu neste domingo, no Vaticano, à Missa de canonização de sete novos santos, incluindo os primeiros da Venezuela e da Papua Nova Guiné, elogiando o seu exemplo de fé e luta pela justiça.

“Na verdade, é esta fé que sustenta o nosso empenho pela justiça, precisamente porque acreditamos que Deus salva o mundo por amor, libertando-nos do fatalismo. Perguntemo-nos, então: quando ouvimos o apelo de quem está em dificuldade, somos testemunhas do amor do Pai, como Cristo o foi para com todos?”, disse Leão XIV, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

Na sua homilia, o pontífice destacou que estes santos “não são heróis nem paladinos de um ideal qualquer, mas homens e mulheres autênticos”.

Depois do rito de canonização, no início da celebração, o Papa sublinhou a importância da fé como “vínculo de amor entre Deus e o ser humano”.

“Hoje, temos precisamente diante de nós sete testemunhas, os novos santos e as novas santas, que mantiveram acesa, com a graça de Deus, a lâmpada da fé, ou melhor, tornaram-se eles mesmo lâmpadas capazes de difundir a luz de Cristo”, apontou.

Leão XIV sustentou que, sem a fé, os “grandes bens materiais e culturais, científicos e artísticos” perdem sentido.

Pouco depois do início da Missa, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Marcello Semeraro, acompanhado pelos postuladores, pediu formalmente que os sete beatos e beatas fossem inscritos no “álbum dos Santos”.

A fórmula de canonização foi proferida pelo Papa em latim, sentado, como sinal da sua autoridade pontifícia.

Depois da proclamação, assinalada pela multidão com uma salva de palmas, o cardeal Becciu agradeceu ao Papa Leão XIV, concluindo o rito.

“Estes fiéis amigos de Cristo são mártires pela sua fé, como o bispo Inácio Choukrallah Maloyan e o catequista Pedro To Rot; são evangelizadores e missionários, como a irmã Maria Troncatti; são fundadoras carismáticas, como a irmã Vicenza Maria Poloni e a Irmã Cármen Rendiles Martinez; são benfeitores da humanidade, com coração ardente de devoção, como Bartolo Longo e José Gregório Hernández Cisneros”, indicou o pontífice, na sua homilia.

“Que a sua intercessão nos assista nas provações e o seu exemplo nos inspire na comum vocação à santidade”, prosseguiu.

Leão XIV alertou para o risco de “um mundo sem fé” e sublinhou que a confiança em Deus é fonte de esperança e de salvação.

“Quando somos crucificados pela dor e pela violência, pelo ódio e pela guerra, Cristo já está ali, na cruz por nós e connosco. Não há choro que Deus não console, nem lágrima que esteja longe do seu coração”, declarou.

No final da Missa, Leão XIV agradeceu a todos os que participaram nesta “grande festa da santidade”.

“Hoje é o Dia Mundial das Missões. Toda a Igreja é missionária, mas hoje rezamos especialmente por aqueles homens e mulheres que deixaram tudo para levar o Evangelho àqueles que não o conhecem. São missionários de esperança entre os povos, que o Senhor os abençoe”, declarou, antes da recitação do ângelus.

Adaptado de Agência Ecclesia

📷 Vatican News

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