O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968 por São Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia de cada ano, com uma mensagem papal.
Francisco apela a uma “mudança cultural”, no Jubileu de 2025, para que se promovam as mudanças necessárias na superação da “atual condição de injustiça e desigualdade”, recordando que “os bens da terra não se destinam apenas a alguns privilegiados, mas a todos”.
“Quando uma pessoa ignora a própria ligação com o Pai, começa a nutrir um pensamento de que as relações com os outros podem ser regidas por uma lógica de exploração, em que o mais forte pretende ter o direito de prevalecer sobre o mais fraco”, adverte.
O Papa deixa uma reflexão sobre o atual sistema internacional, observando que “se não for alimentado por uma lógica de solidariedade e interdependência, gera injustiças que, exacerbadas pela corrupção, aprisionam os países pobres”.
O Papa insiste, na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz 2025, no fim da pena de morte, a nível global, considerando que seria um gesto de defesa da vida humana.
“Gostaria de convidar, uma vez mais, para um gesto concreto que possa favorecer a cultura da vida. Refiro-me à eliminação da pena de morte em todas as nações. Em realidade, esta punição, além de comprometer a inviolabilidade da vida, aniquila toda a esperança humana de perdão e de renovação”, refere, no texto divulgado a 12 de dezembro pelo Vaticano.
O Papa diz que desarmar o coração é “um gesto que compromete todos, do primeiro ao último, do pequeno ao grande, do rico ao pobre”.
“A paz não vem apenas com o fim da guerra, mas com o início de um mundo novo, um mundo no qual nos descobrimos diferentes, mais unidos e mais irmãos do que poderíamos imaginar”, sustenta.