Testemunho – 25 anos de vida em missão
25 ANOS DE VIDA CONSAGRADA
Há 25 anos, a 8 de Dezembro de 1998, na minha comunidade paroquial de São Vicente do Paúl, Diocese de Santarém, eu prometi publicamente que desejaria viver e consagrar perpetuamente a minha vida a Deus e à missão pelo tempo que Ele me conservasse neste mundo.
Hoje, ao recordar aquele dia e os caminhos que trilhei em África: Zâmbia, Malawi; seguindo-se Portugal e agora na África do Sul dou graças a Deus pela sua fidelidade e confiança em mim.
Para mim, a vida missionária, e este procurar caminhar cada dia ao ritmo de Jesus não foi sempre fácil. Não foi fácil, porque a consagração religiosa não é um simples dizer sim a Deus e à missão. A consagração exige fidelidade, coerência, muita oração, amizade com Jesus, e um amor sincero aos irmãos, seja na comunidade, seja para com as pessoas que se cruzam comigo.
Assim, celebrar 25 anos de vida consagrada é um convite a cantar em minha vida as maravilhas de Deus. É sentir-me convidado a cantar o meu “Magnificat” a Deus, pela sua confiança e bondade para comigo, diante da minha pequenez e apesar das minhas infidelidades.
E o acontecimento mais marcante nesta minha caminhada foi o Ano Comboniano de Formação Permanente aqui na África do Sul nos anos 2008/2009. Foi um tempo de graça porque me ajudou a fazer uma radiografia do meu caminho com Jesus e encontrar-me comigo mesmo e redescobrir como Deus se foi manifestando em mim e por meio de mim e de como o encontrei no meu encontro com os meus irmãos e irmãs, tanto na Zâmbia como no Malawi, nas escolas de artes e ofícios, bem como nas visitas às comunidades cristãs.
A África do Sul também ficou gravada no meu coração, porque viver aquele ano de graça, de alguma maneira me identificou com este povo a viver, um passo histórico de reconciliação. E por isso, não posso esconder a felicidade de ter sido convidado para continuar a consagrar a minha vida e Deus e à missão neste país.
E não foi por mero acaso que iniciei o meu ministério em Janeiro de 2019, na comunidade de Maria Trost, onde em Maio de2009 tinha feito o meu retiro inaciano de conclusão do ano de formação permanente.
Foi na comunidade de Maria Trost que voltei a redescobrir o valor e a importância da vida comunitária. Descobri que a comunidade é o lugar onde juntos rezamos, trabalhamos, mas acima de tudo somos irmãos de escuta e de partilha e onde me senti em casa.
Depois desta passagem por Maria Trost, eis-me na casa provincial como ecónomo provincial desta província.

Um grande obrigado a todos os que de uma forma ou de outra partilham comigo a alegria de ser missionário.

Irmão Paulo Félix

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