Na preparação para o dia mundial dos pobres (14 de novembro) o Santo Padre fez uma visita simbólica à terra de São Francisco
Na cidade italiana, “que tem o rosto de São Francisco”, o Papa evocou a vida do santo de Assis, que ensinou a partilhar tudo com os outros.
A celebração de “oração e testemunho” decorreu junto à Porciúncula, uma das igrejas que São Francisco pensou em restaurar, hoje dentro da Basílica de Santa Maria dos Anjos, onde o pontífice rezou em silêncio.
“A primeira marginalização de que sofrem os pobres é a espiritual. Por exemplo, muitas pessoas e muitos jovens encontram algum tempo para ajudar os pobres e levar-lhes comida e bebidas quentes. Isso é muito bom e agradeço a Deus pela generosidade. Mas, acima de tudo, fico feliz quando ouço que esses voluntários param um pouco para conversar com as pessoas, e às vezes rezam juntamente com elas”, assinalou o Papa.
A intervenção sublinhou a importância de “acolher”, para os católicos, “abrir a porta, a porta da casa e a porta do coração”, sem “virar a cara para o outro lado”.
“Que este encontro abra o coração de todos nós para nos colocarmos à disposição uns dos outros, para fazer da nossa fraqueza uma força que nos ajuda a continuar o caminho da vida, para transformar a nossa pobreza numa riqueza a ser partilhada e, assim, melhorar o mundo”, apelou.
O Papa, que fez uma visita-surpresa à Basílica de Santa Clara para um breve encontro com a comunidade religiosa das Clarissas, passou vários minutos a cumprimentar as pessoas que o esperavam em Assis, com particular atenção às crianças.
O encontro de oração e testemunho começou com um “abraço” virtual no átrio da Basílica de Santa Maria dos Anjos, onde o Papa recebeu simbolicamente o manto e o cajado do Peregrino.