A Divina Liturgia na festa de Santo André reuniu fiéis e autoridades religiosas no Fanar, onde Leão XIV participou em clima de profunda fraternidade. Ao lado do Patriarca Bartolomeu I, o Pontífice reafirmou o seu desejo de comunhão através do diálogo. “Não devemos recuar no compromisso com a unidade e não podemos deixar de nos considerar irmãos e irmãs em Cristo e amar-nos como tais”, afirmou o Papa.
Na manhã deste domingo, 30 de novembro, cerca de quatrocentos fiéis — entre bispos, sacerdotes, religiosos e representantes de diversas Igrejas cristãs — reuniram-se na Igreja Patriarcal de São Jorge, no Fanar, em Istambul, para a celebração da Divina Liturgia na festa do Apóstolo André, fundador da Sé de Constantinopla segundo a tradição. A celebração foi presidida por Sua Santidade Bartolomeu I, Patriarca Ecuménico.
O Papa Leão XIV, no último dia da sua visita apostólica à Turquia por ocasião do 1.700º aniversário do Concílio de Niceia, participou da Divina Liturgia e acompanhou com recolhimento cada momento da liturgia bizantina, unindo-se espiritualmente à oração pelo dom da unidade entre as Igrejas.
“A nossa peregrinação aos lugares ligados ao Primeiro Concílio Ecumênico chega hoje ao seu ponto culminante” — disse o Papa no início de sua saudação — ao celebrarmos a memória litúrgica do Apóstolo André, aquele que, segundo a antiga tradição, anunciou o Evangelho nesta cidade. “A fé de André é também a nossa fé: a mesma professada pelos Concílios Ecumênicos e transmitida, intacta, pela Igreja ao longo dos séculos.”
O Papa retomou o significado espiritual do encontro ecuménico realizado na véspera, afirmando que a fé expressa no Credo Niceno-Constantinopolitano continua a ser “um vínculo real de comunhão, que nos permite reconhecer-nos como irmãos e irmãs”. Embora reconhecendo que “no passado houve mal-entendidos e até conflitos”, o Santo Padre enfatizou que não podemos retroceder no compromisso com a unidade, pois “somos chamados a amar-nos como irmãos em Cristo”.
📷 Fotografia e notícia: Vatican News