O Santo Padre, parte esta quinta-feira 27 de novembro, rumo à Turquia e de seguida ao Líbano, numa viagem que termina no dia 2 de dezembro. Um momento histórico, porque se trata da primeira viagem realizada pelo Papa Leão XIV, desde que iniciou o seu pontificado.
A primeira etapa da viagem, de 27 a 30 de novembro, leva o Papa à Turquia, um país onde a comunidade católica é uma minoria, representando apenas 0,04% da população (cerca de 33 mil católicos num universo de 85,8 milhões de habitantes).
O logótipo da visita à Turquia destaca o mote “Um só Senhor, uma só fé, um só batismo”, com o desenho do Ponte dos Dardanelos a simbolizar a união entre a Ásia e a Europa. Esta viagem tem um grande significado, pelo facto de neste ano celebrarmos os 1700 anos do Concílio de Niceia (na actual Turquia), onde se esclareceu a fé católica e se elaborou a oração do Credo.
A antiga cidade de Niceia recebeu em 325 o primeiro concílio ecuménico, com a missão de preservar a unidade da Igreja, perante correntes teológicas que negavam a plena divindade de Jesus Cristo e a sua igualdade com o Pai, reunindo cerca de 300 bispos, convocados pelo imperador Constantino.
Os participantes acabaram por definir o ‘Símbolo de fé’, o Credo, que ainda hoje se professa nas celebrações eucarísticas dominicais.
No domingo, 30 de novembro, o Papa segue para o Líbano, país com mais de 2 milhões de católicos (cerca de 45% da população) e uma estrutura eclesiástica composta por 24 circunscrições e mais de mil paróquias.
Sob o lema “Bem-aventurados os obreiros da paz”, esta etapa visa manifestar solidariedade à população libanesa e encorajar a reconciliação num contexto regional complexo.
Francisco visitou a Turquia em 2014 e Bento XVI esteve no país em 2006, seguindo os passos de Paulo VI, em 1964, e João Paulo II, em 1979.
Três Papas visitaram o Líbano, na época contemporânea: Paulo VI, em 1964; João Paulo II, em 1997; e Bento XVI, em 2012.
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