A Diocese de Santarém promoveu no domingo 25 de maio, uma peregrinação a Fátima, no 50.º aniversário da sua celebração, que reuniu milhares de pessoas no Recinto de Oração da Cova da Iria.
“Para testemunhar o Amor de Deus no mundo, a Igreja está desafiada a renovar-se e a aperfeiçoar-se em capacidade de escuta. A escuta de Deus, pela Palavra e pela oração, e a escuta de uns aos outros. Esta cultura sinodal a pôr em prática nas diversas dimensões da Igreja significa que para darmos testemunho do Amor tem de haver verdade, na capacidade de escuta de Deus e uns aos outros”, disse D. José Traquina, bispo de Santarém, na homilia da Missa do VI domingo da Páscoa.
O nosso bispo citou o Papa Leão XIV para pedir “uma Igreja unida, sinal de unidade e comunhão, que se torne fermento para um mundo reconciliado”.
“O Santo Padre, inicia o seu ministério num tempo complicado da história humana. É chocante o ser humano usar a inteligência na tecnologia mais avançada para destruir pessoas e cidades inteiras”, referiu o bispo de Santarém.
D. José Traquina evocou o tempo litúrgico da Páscoa, que se vive no calendário católico, sublinhando que Jesus marca “o início de um tempo novo, em que a pessoa humana é chamada a ser o que de mais sagrado existe na terra”.
“Jesus veio ocupar-se das pessoas porque elas são o valor maior e a razão de ser de tudo o que existe. Não são coisas nem peças de uma ‘máquina’ ou de um sistema, são imagem e semelhança de Deus”, indicou.
A celebração contou também com a presença dos peregrinos da Diocese Portalegre-Castelo Branco, com o seu bispo e clero que assinalou 475 anos de criação.
“Subimos a esta montanha da Serra de Aire para que, com Nossa Senhora, nos encontremos com Deus, e tenhamos esperança com uma visão inspirada da Igreja que somos nas nossas dioceses”, apelou D. José Traquina.
O bispo de Santarém falou de uma “Igreja fundada no amor de Deus e sinal de unidade, uma Igreja missionária, que abre os braços ao mundo, que anuncia a Palavra, que se deixa inquietar pela história e que se torna fermento de concórdia para a humanidade”.
O programa da peregrinação diocesana de Santarém contou, durante a tarde, com uma sessão cultural no Cetro Paulo VI, com a exibição de um filme sobre os cinquenta anos de caminho diocesano e a apresentação da cantata “Da Cruz ao Ouro”, encerrando-se com a procissão eucarística no recinto.
A Diocese de Santarém foi criada a 16 de julho de 1975, pela Bula ‘Apostolicae Sedis Consuetudinnem’ do Papa Paulo VI, que nomeou D. António Francisco Marques como seu primeiro bispo.