A Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos lançou neste sábado 15 de março, “um caminho de acompanhamento e avaliação da fase de implementação” do processo sinodal e convocou uma Assembleia Eclesial, no Vaticano, em outubro de 2028.
“Não estamos a convocar um novo Sínodo, optando, em vez disso, por um processo de consolidação do caminho já percorrido”, afirma o cardeal Mario Grech na carta que envia às Dioceses e Eparquias, Conferências episcopais e estruturas hierárquicas das Igrejas Orientais Católicas, os agrupamentos continentais, institutos de vida consagrada, sociedades de vida apostólica, associações de leigos, movimentos eclesiais e novas comunidades.
O caminho de acompanhamento e avaliação da fase de implementação pela Secretaria Geral do Sínodo foi aprovado pelo Papa no dia 11 de março e é apresentado publicamente hoje.
A XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, cuja segunda sessão decorreu de 2 a 27 de outubro de 2024, sob a presidência do Papa, com o tema ‘Por uma Igreja sinodal: participação, comunhão, missão’, começou com a auscultação de milhões de pessoas, pelas comunidades católicas, em 2021; a primeira sessão decorreu em outubro de 2023.
Francisco promulgou o documento final e enviou-o às comunidades católicas, sem publicação de exortação pós-sinodal, uma possibilidade prevista na constituição apostólica ‘Episcopalis communio’.
“A conclusão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos não põe fim ao processo sinodal”, referiu então.
Na carta sobre o processo de acompanhamento da fase de implementação do sínodo, hoje divulgada, a Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos apresentou um calendário até outubro de 2028, que tem no Jubileu das Equipas Sinodais e dos Órgãos de Participação, nos dias 24 a 26 de outubro de 2025, um momento central.
“Que a sinodalidade seja cada vez mais compreendida e vivida como uma dimensão essencial da vida ordinária das Igrejas locais e de toda a Igreja”, indica o cardeal Mario Grech.
No documento do secretário-geral da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos, afirma-se que “é de fundamental importância garantir que a fase de implementação seja ocasião para envolver novamente as pessoas que contribuíram e para devolver os frutos da escuta de todas as Igrejas e do discernimento dos Pastores na Assembleia sinodal” e é lançado o desafio de renovar o trabalho das equipas sinodais.
Plano até à Assembleia Eclesial, em outubro de 2028.
. Março de 2025: anúncio do processo de acompanhamento e avaliação;
. Maio de 2025: publicação do Documento de apoio para a fase de implementação com orientações para sua implementação;
. Junho de 2025 – dezembro de 2026: percursos de implementação nas Igrejas locais e em seus agrupamentos;
. 24-26 de outubro de 2025: Jubileu das equipes sinodais e dos órgãos de participação;
. Primeiro semestre de 2027: Assembleias de avaliação nas Dioceses e Eparquias;
. segundo semestre de 2027: Assembleias de avaliação nas Conferências episcopais nacionais e internacionais, nas Estruturas hierárquicas orientais e em outros agrupamentos de Igrejas;
. Primeiro semestre de 2028: Assembleias continentais de avaliação;
. Junho de 2028: publicação do Instrumentum laboris para o trabalho da Assembleia eclesial de outubro de 2028;
. Outubro de 2028: celebração da Assembleia eclesial no Vaticano.
Fotografia: Agência Ecclesia