Atualização do estado de saúde do Papa

Foto: Lusa/EPA

O cirurgião Sergio Alfari, que coordena a equipa que trata o Papa no Hospital Gemelli, disse nesta sexta-feira 21 de fevereiro, que Francisco não corre “perigo de vida”, no imediato, mas admitiu que a situação continua a ser grave.

“A questão é: o Papa está fora de perigo? Não, o Papa não está fora de perigo. A porta está aberta a ambas as possibilidades [cura ou agravamento]”, disse aos jornalistas, numa conferência de imprensa que durou mais de meia hora.

“Se perguntar se está em perigo de morrer neste momento, a resposta continua a ser não. Passou agora, há 20 minutos, foi do seu quarto à capela para rezar. Mas, realisticamente, a situação é esta”, acrescentou.

O médico italiano, que operou Francisco em junho de 2023, sublinhou a gravidade da pneumonia bilateral, com infeção polimicrobiana “importante”, provocada por vírus, fungos e bactérias.

“O Papa sabe que corre perigo”, assinalou, observando que o maior receio da equipa médica é que a infeção pulmonar possa provocar uma “sépsis”.

“Hoje não tem, nestes dias não teve”, precisou, para sublinhar que a infeção está contida.

A pneumonia continua presente “no pulmão direito e no pulmão esquerdo”.

O Papa foi internado a 14 de fevereiro, no Hospital Gemelli, de Roma, devido a problemas respiratórios.

Questionado sobre o tempo previsto de internamento, Sergio Alfari assinalou que Francisco vai continuar no Hospital “pelo menos durante toda a próxima semana”, evitando um regresso a Santa Marta, onde seria tentado a manter a sua rotina de trabalho.

“Vamos ajudá-lo, neste momento. Não façamos manchetes que não fazem sentido ou notícias falsas. Os boletins só dizem a verdade”, referiu aos jornalistas.

“O Santo Padre sempre quis que disséssemos a verdade”, insistiu.

Alfari mostrou-se convicto de que a parte “aguda” vai ser resolvida, acrescentando que a parte crónica dos problemas do Papa será gerida na sua residência.

“O Papa vai ter alta e vai voltar a Santa Marta”, declarou.

Luigi Carbone, médico que acompanha Francisco sob a supervisão de Massimiliano Strapetti, enfermeiro e assistente pessoal do Papa, no Vaticano, também falou aos jornalistas, destacando que se trata de um “doente frágil”, de 88 anos.

“Como já escrevemos em comunicados anteriores, tem uma patologia crónica que é a bronquiectasia, com uma bronquite asmática que pode ter fases agudas”, assinalou.

Questionado sobre consequências futuras deste internamento, o médico sustentou que a prioridade de toda a equipa é “superar esta fase” e que o Papa está a “responder aos tratamentos”.

adaptado de Agência Ecclesia

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