O Papa alertou, na mensagem para o Dia Mundial da Paz 2024, para os riscos da utilização da inteligência artificial em contexto militar, apelando à aplicação das tecnologias em áreas que promovam o desenvolvimento humano.
“A possibilidade de efetuar operações militares através de sistemas de controle remoto levou a uma perceção menor da devastação por eles causada e da responsabilidade da sua utilização, contribuindo para uma abordagem ainda mais fria e destacada da imensa tragédia da guerra”, refere o texto, intitulado ‘Inteligência Artificial e Paz’.
Francisco alerta para as “graves questões éticas relacionadas com o setor dos armamentos”, em particular os sistemas de armas letais autónomas.
“Os sistemas de armas autónomos nunca poderão ser sujeitos moralmente responsáveis: a exclusiva capacidade humana de julgamento moral e de decisão ética é mais do que um conjunto complexo de algoritmos, e tal capacidade não pode ser reduzida à programação duma máquina”, advertiu.
O Papa observa que armas sofisticadas podem cair “em mãos erradas”.
“O mundo não precisa realmente que as novas tecnologias contribuam para o iníquo desenvolvimento do mercado e do comércio das armas, promovendo a loucura da guerra”, acrescenta.
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