Mensagem do Papa apresentada em Santarém

D. João Lavrador, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, disse hoje que o Papa tem defendido, nas suas intervenções, a criação de “um sistema mediático que saiba ir contra a corrente”.

“A Comunicação Social deve ser uma voz que edifique uma sociedade mais humana, na qual a paz e a justiça, o bem e a verdade estejam presentes”, sublinhou o bispo de Viana do Castelo, no Seminário de Santarém.

O responsável falava na sessão de apresentação da mensagem do Papa Francisco para o 57.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, divulgada esta manhã, com o título “Falar com o coração: Testemunhando a verdade no amor”, que se inspira numa passagem da carta de São Paulo aos Efésios (Ef 4,15).

“A paz nasce no coração de cada um”, sustentou.

Questionado sobre a sucessão de polémicas entre responsáveis políticos, D. João Lavrador afirmou que todos são responsáveis por ter uma “sociedade limpa”, sem “artifícios”, convidando a “cultivar um coração e uma consciência retas”.

“Se não há uma estrutura interior de alguém que se sinta responsabilizado por uma vida íntegra a todos os aspetos, não é fácil”, prosseguiu.

O encontro, com transmissão online, contou com a intervenção de João Maria Diogo, coordenador do grupo ‘+Coração’, um grupo de cerca de 50 voluntários de Santarém que serve refeições, à terça e quinta-feira de cada semana, aos mais necessitados (entre 3500 a 4000 por ano).

O responsável explicou que o objetivo foi “levar um ombro amigo, que escuta sem julgar”, acrescentando que, em dez anos de trabalho, “os milagres vão acontecendo”.

Já o padre Ricardo Conceição, coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) de Santarém para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, falou do trabalho desenvolvido para preparar o papel de diocese de acolhimento, juntamente com as comunidades de Lisboa e Setúbal, mobilizando voluntários, famílias e identificando espaços para receber os peregrinos.

“A capacidade de acolhimento está em função das inscrições”, precisou.

O sacerdote assumiu o desafio de “entusiasmar e acompanhar os jovens”, neste trabalho, apontando a um projeto de “médio prazo”.

O padre João Moita, diretor do Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais da Diocese de Santarém, falou da comunicação na Igreja local, destacando o “interesse” que existe no jornal quinzenal ‘Porta do Sol’, a ligação com o bispo local e o trabalho de “ponte” com o secretariado nacional.

D. José Traquina, bispo de Santarém, que deu as boas-vindas aos participantes, encerrou a sessão, recordando a “responsabilidade de comunicar” na Igreja, com “conteúdos válidos para as pessoas”.

O responsável católico destacou ainda o crescimento de regiões como a Península de Setúbal e o Ribatejo/Oeste, desejando que esse facto leve ao reconhecimento do jornalismo local e de proximidade, assumindo que existem dificuldades económicas no setor.

“Esta comunicação aproxima as pessoas: comunica-se o bem, a bondade, aquilo que somos”, acrescentou.

O programa da apresentação foi preparado pela Diocese de Santarém e pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.

Adaptado de Agência Ecclesia

Contacte-nos

Geral

Siga-nos

©2021 Diocese de Santarém — Todos os direitos reservados.