O bispo de Santarém presidiu à ordenação de dois novos diáconos, naturais de São Tomé e Príncipe, tendo em vista o ministério sacerdotal, ainda em “tempo de Natal”, na Solenidade da Epifania do Senhor, na Sé.
“Esta celebração da Epifania do Senhor tem a mensagem da universalidade da salvação. O Menino do presépio de Belém nasceu não apenas para o povo de Israel mas também para povos distantes representados nas figuras dos Magos vindos do oriente”, disse D. José Traquina, na homilia.
O bispo de Santarém assinalou que a narrativa do Evangelho da Solenidade da Epifania do Senhor “inspirou muitos escritores e criadores de arte”, e convidou a servirem-se dessa mensagem catequética, “tendo em conta a realidade atual e o propósito de fidelidade”.
“Se podemos e devemos denunciar misérias do nosso tempo, uma delas é a falta de fé e de luz interior. O que dizer de pessoas que não acreditam em nada, nem em sinais nem em ninguém, não tem objetivos na vida, nem nenhuma causa, nenhuma razão motivadora para trabalhar ou mesmo para existir. Sem fé, sem esperança, sem razões de viver, também não se tem estímulo para amar e servir”, desenvolveu.
D. José Traquina afirmou que é necessário uma valorização da vida humana, “uma educação integral que valorize as pessoas e as motive à edificação da vida em sociedade”.
O bispo de Santarém, e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana da Igreja Católica em Portugal, explicou que os Magos eram estrangeiros, “não pertenciam ao povo de Israel”, o que é “uma referência especial” para este tempo.
“Vários estrangeiros migrantes entre nós, participaram nas missas de Natal e vieram venerar a imagem do presépio. A Epifania é uma festa que revela a universalidade da salvação e a fraternidade entre os povos.”
Em clima de festa para a diocese, o bispo de Santarém afirmou a alegria da ordenação diaconal dos seminaristas mais velhos na caminhada, Magney Silveira e Dionísio Leite.
“No exercício do ministério, Cristo tenha sempre a primazia, procurai ser bons e fiéis servos de Deus, servindo a Igreja, não esquecendo os jovens e as pessoas mais pobres”, sintetizou D. José Traquina.
Os dois novos diáconos são naturais de São Tomé e Príncipe e estão há cinco anos nesta Igreja diocesana, com o compromisso “e, agora, o desejo confirmado de continuar ao serviço desta diocese”.
“Fizestes um longo caminho de vida até chegardes a este momento da Ordenação de Diáconos na Igreja Diocesana de Santarém. Acolhei o dom que vos habilita como ministros Diáconos, identificados com Cristo, na maneira de viver e no amor e serviço à comunidade. De tal modo que todos vos recebam com um dom de Deus à sua Igreja e ao mundo”, acrescentou D. José Traquina, desejando que Deus conceda “a graça de um ministério fecundo, exercido com responsabilidade e experiência alegre de entrega verdadeira e confiante”.