O bispo de Coimbra afirmou na manhã de 13 de junho que o Coração Imaculado de Maria “é profundamente inspirador” para a humanidade, “frequentemente desorientada e perdida nas suas escolhas”, na Peregrinação Internacional Aniversária ao Santuário de Fátima.
“Uma humanidade com coração de mãe trabalha incansavelmente em favor da justiça, junta os irmãos para que dialoguem, se respeitem e encontrem na sua condição de família os caminhos para a paz”, disse D. Virgílio Antunes, na homilia da celebração enviada à Agência ECCLESIA.
O bispo de Coimbra presidiu à Peregrinação Internacional Aniversária do 13 de junho no Santuário de Fátima, e explicou que o “baixar dos braços” por parte de pessoas, instituições, nações, organizações mundiais, “nunca corresponde ao sentido materno do amor, que vai até ao fim”.
“O Coração Imaculado de Maria, que celebramos nesta peregrinação, é profundamente inspirador para a humanidade que somos, frequentemente desorientada e perdida nas suas escolhas, nos caminhos de confronto bélico que põe irmãos contra irmãos, nos atentados à vida própria ou alheia, nas múltiplas injustiças perpetradas contra todos os mais frágeis”, desenvolveu.
Segundo D. Virgílio Antunes, uma humanidade com coração de mãe “não pode permitir” que alguém chegue ao desespero “diante das dificuldades, das doenças, da pobreza ou da solidão”.
“Uma sociedade com coração de mãe não desiste, pois uma sociedade que desiste de alguém ou que deixa de estar ao lado dos que estão à beira do desespero, é uma sociedade falida”, afirmou o bispo de Coimbra, que foi reitor do Santuário de Fátima antes da ordenação episcopal, a 3 de julho de 2011 na Basílica da Santíssima Trindade.
“Uma humanidade com coração de mãe está especialmente atenta aos mais débeis e mais expostos a toda a espécie de explorações: as crianças, as mulheres, os doentes, os idosos. Aqui ao pé da porta ou bem longe de nós, Maria, a Mulher e Mãe de Coração Imaculado vai à procura de cada um dos mais débeis e quer levar consigo nessa missão toda a humanidade de filhos.”
D. Virgílio Antunes disse que aos presentes no Santuário de Fátima que a peregrinação convoca-os para um “compromisso pessoal de fé e de vida”, e, agora, como cristãos, como Igreja, são “chamados a ir com plena disponibilidade para realizar o grande projeto de Deus” ali proclamado pela Virgem Maria: “Dar coração à Igreja, dar coração ao nosso mundo”.
“A Igreja, peregrina nesta terra, encontra na Virgem Maria a inspiração e o modelo para a realização da sua missão de sair, de ir ao encontro de todos os que anseiam pelo encontro com o Deus da Vida”, explicou homilia da celebração que incluiu a bênção aos doentes e terminou com a procissão do adeus.
“Desde aquele já distante ano de 1917 que Fátima tem a vocação e a graça de ser santuário da humanidade peregrina, do encontro íntimo da alma consigo mesma, do aflorar feliz das ondas de alegria e esperança, que dão sentido à vida, mas também do conhecimento das vagas de ansiedades e medos que perturbam e matam”, acrescentou o bispo de Coimbra, divulga o santuário mariano.
A peregrinação de 13 de junho recorda a segunda aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos; O Santuário de Fátima informa que participaram 25 grupos de 13 países para além de Portugal.
Adaptado de Agência Ecclesia